terça-feira, 11 de maio de 2010
Maria das Mercês dos Santos (Mãe Cotinha de Yewá)
Maria das Mercês dos Santos ou Mãe Cotinha de Yewá ( - julho de 1947) foi uma Iyalorixá Brasileira.
Foi iniciada no candomblé aos 13 anos de idade pelo babalorixá Pai Antonio de Oxumare, era casada com Arsênio, Ogan do Oxaguian de Tia Massi da Casa Branca e irmã de Hilário Bispo dos Santos. Foi a segunda Iyálorixá da Casa de Oxumare.
Maria das Mercês dos Santos. Foi iniciada para Yewa aos 13 anos de idade por Antônio de Osumare. Tinha como irmão biológico Hilário Bispo dos Santos, que futuramente seria de grande importância para o Ase Osumare. Sabe-se que em 1937 surgiu a União das Casas Afro-brasileiras em Salvador-BA, uma espécie de federação que visava registrar e fiscalizar os terreiros. Iya Cotinha de Yewa recusou-se a registrar o Ile Ase Osumare. O argumento mais provável seria o cuidado que Iya Cotinha possuía para que a casa não fosse exposta e viesse a sofrer perseguições do poder público baiano, uma vez que na época o Candomblé era uma religião perseguida e discriminada.
Este acontecimento nos elucida e nos faz compreender que em 1930 o Ase Osumare estava em fortes atividades e em pleno vigor de culto. Iya Cotinha era casada com Sr. Arsênio, Ogan da Casa Branca, Ogan do Osojiyan de Iya Massi.Segundo alguns, Iya Cotinha era uma mulher tímida e calma, sem muito apavoramento em seus feitos, portanto, os mais velhos também dizem que ela resolvera estes problemas, tomando muitas vezes a frente da casa para lutar por seus objetivos. Segundo eles, Iya Cotinha tornou-se irreverente, lutadora, e não possuía papas na língua. Dentre inúmeros filhos iniciados por ela, destacam-se: Dona Baiana – Oba Tosi, que morreu aos 102 anos; Maria das Neves Encarnação – Oya Biyi; José Bispo dos Santos – Pai Bobó; Teodora de Yemanjá; Nair de oxalá, irmã de Teodora; Egbomi Menininha, mãe de Teodora; Francelina de Ogun; Dona Miudinha de Osun; Simplícia de Ogun; Tomazia de Osun; Urbano, Ogan de Yewa, que morre em janeiro de 2001; Ogan Cadu, Ogan de Yewa, falecido recentemente; Ogan Garrincha, Ogan de Yewa; Ogan Paizinho, Otun Alabe de Yewa; Ogan Manuel, Osi Alabe de Yewa; Ogan Possidônio, Alabe de Yewa; Maria Silvia de Assis, Ekeji Mariazinha de Oxalá; Entre outros. Iya Cotinha de Yewa morre em julho de 1947.
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" [...] Iyá Cotinha era uma mulher tímida e calma, sem muito apavoramento em seus feitos, portanto, os mais velhos também dizem que ela resolvera estes problemas, tomando muitas vezes a frente da casa para lutar por seus objetivos. Segundo eles, Iyá Cotinha tornou-se irreverente, lutadora, e não possuía papas na língua."
ResponderExcluirEssa descrição dada pelo texto está equivocada, pois esses relatos perpetuados pela tradição oral diz respeito a própria Iyabá Yewá, que através de Mãe Cotinha, tomava importantes decisões por ela, que era muito tímida. Essa e outras peculiaridades de Yewá, foram tão excepcionais que se perpetuaram na história do candomblé.
" [...] Iyá Cotinha era uma mulher tímida e calma, sem muito apavoramento em seus feitos, portanto, os mais velhos também dizem que ela resolvera estes problemas, tomando muitas vezes a frente da casa para lutar por seus objetivos. Segundo eles, Iyá Cotinha tornou-se irreverente, lutadora, e não possuía papas na língua."
ResponderExcluirEssa descrição dada pelo texto está equivocada, pois esses relatos perpetuados pela tradição oral diz respeito a própria Iyabá Yewá, que através de Mãe Cotinha, tomava importantes decisões por ela, que era muito tímida. Essa e outras peculiaridades de Yewá, foram tão excepcionais que se perpetuaram na história do candomblé.